sexta-feira, julho 17, 2009

É Agora ou Nunca de Marian Keyes (Chick Lit)


Legal! É Agora ou Nunca







Título Original: Last Chance Saloon

Autor: Marian Keyes

Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Romance Contemporâneo

Sub-Gênero/Assunto: Romance Contemporâneo, Chick Lit, Amizade.

Período: Londres. Séc. XXI (dias atuais).

Sinopse:

'Tara, Katherine e Fintan são amigos inseparáveis. Nascidos no interior da Irlanda, partiram juntos para Londres e se deram muito bem profissionalmente, pelo menos. Pois, nas grandes cidades, o mercado amoroso está saturadíssimo! E os corações dos três, todos na faixa dos trinta e poucos anos, podem não agüentar: o de Tara já se partiu, o de Katherine está prestes congelar e o de Fintan pode até parar de bater. É chegada então a hora de gritar por mudanças... ou calar-se para sempre!
Neste É Agora... ou Nunca, de Marian Keys, a irlandesa que conquistou o mundo com Melancia, Férias!, Sushi e Casório?!, o destino entrará em cena sem pedir licença, mudando as vidas dos três amigos de forma totalmente inesperada... e muito divertida!
Tara namora Thomas há dois anos, mas o relacionamento é, digamos assim, morno... frio... gelado, mesmo: o sexo do casal é como Papai Noel, que não existe, mas, se você tiver muita fé, aparece, todo coberto de neve, uma vez por ano. Thomas, ainda por cima, é um pé-rapado que vive comprando presentes ridículos para a namorada - como cremes para as mãos e bolsas de água quente... em promoção. Para piorar, ele ainda tem a coragem de dizer que Tara está gorda - só porque seu manequim pulou de 42 para 50!

Já Katherine é uma mulher independente e equilibrada, que sempre atraiu os olhares masculinos. Mas sua primeira decepção amorosa ocorreu aos 19 anos, abrindo feridas jamais cicatrizadas. Hoje, ela prefere se relacionar com vitrines de lojas de roupas ou controle remoto de sua televisão. Nem Joe Roth, o colega de trabalho bonitão que se ofereceu para ajudá-a a trocar de canal, parece interessá-la.

E Fintan, que nunca escondeu sua homossexualidade, encontrou o equilíbrio na amizade da dupla. Mas esse círculo, antes perfeito, fica a ponto de se quebrar quando ele revela sofrer de uma séria doença. Assim, as duas prometem fazer tudo o que o amigo pedir e o mundo fica de pernas para o ar! Graças às suas exigências malucas, Fintan assiste de camarote às mudanças - para melhor, claro - nas vidas de Tara e Katherine.'




***



Vi esse livro pela primeira vez na Siciliano do Gonzaga, Santos, enquanto eu estava procurando por um presente para minha mãe. Eu li a sinopse (orelha) e logo me interessei- porém achei o livro um pouco caro demais e não o comprei. E só acabei fazendo na Bienal de São Paulo, alguns meses depois.

Apesar de super empolgada para lê-lo, estava sem tempo-e acabei fazendo isso só agora. Quase um ano depois.

E devo dizer que fiquei ligeiramnete decepcionada. Não que eu não tenha gostado; não é isso. Porém eu estava esperando um livro fantástico (pelas minhas próprias espectativas e pelas críticas fantásticas que eu tinha livro).

É o primeiro livro de Marian Keyes que eu leio e não posso dizer que amei o estilo dela. Sinceramente a achei muito verborrágica; muitas descrições e pouco aprofundamento das personagens.

A meu ver, o livro poderia ter sido um pouco mais enxuto.

Veja, por examplo, a personagem Lorcan. A autora descreve várias situações com ele. Situações que sinceramente não me interessaram a mínima, a não ser para mostrar um padrão no comportamento dele. Contudo apesar de todo o verbo que ela usa, nós não sabemos o por quê do comportamento de Lorcan. É uma personagem unidimensional, sem atritos. Até mesmo quando é revelado a relação entre Katherine e ele, isto é feito de modo monótono.

Talvez tivesse sido preferível que nós (leitores) soubessemos do segredo que une Katherine e Lorcan lá e pelo meio do livro e assim teríamos essa sensação de suspense do que iria acontecer quando eles se reencontrassem.

Sei Lá...

A mesma crítica vai para Fintan. Eu amei a personagem. Acho sinceramnete que as melhores partes do livro são aquelas protagonizadas por ele- porém, não sabemos nenhuma vez o que ele pensa, o que ele sente. Como ele está, verdadeiramente, vendo e sentindo tudo aquilo por que ele está passando.

Até mesmo a personagem Katherine parece oferecer um certo distanciamento entre pensamentos e ações. Por certo que a autora nos mostra os motivos da aparente frieza da personagem contudo acho que ela falha ao não mostrar corretamente essa *angústia* de Katherine. Sabemos que Katherine tem problemas mas não conseguimos dimensionar exatamente o quanto isso a afeta.

Assim sendo, a minha personagem favorita é mesmo Tara. Apesar de, na vida real, eu me irritar com mulheres como ela. Ela foi a única personagem que eu realmente me solidarizei. Eu consegui sentir a dor dela, o por quê de suas frustações. Ela me emocionou.

Vocês podem estar pensando que eu odiei o livro. Pelo contrário, eu até o achei divertido (na maior parte). Confesso que só comecei a gostar mesmo do livro, me empolgar realmente a partir do 'triste diagnóstico' . Até ali, foram praticamente 200 páginas um tanto quanto aborrecidas.

Contudo a partir desse momente ('o diagnóstico') o livro melhora consideravelmente e eu, literalmente, não consegui deslargar até ler a última página.
Em suma, é um livro agradável; com partes engraçadas e tristes. É um livro sobre a amizade, basicamente.

Seu defeito é a caracterização das personagens. A maioria delas é mostrada de forma unilateral. Um livro que não se aprofunda, apesar das mais de quinhentas páginas.

Cotação:

!!!

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