segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Fogo, de Maya Banks


Ash, Jace e Gabe: três dos homens mais ricos e poderosos do país. Eles estão acostumados a conseguir tudo o que querem. Absolutamente tudo. O que Ash procura é uma mulher que mude o que ele sabe sobre desejo e dominação. Quando se trata de sexo, Ash McIntyre sempre explorou seu lado mais selvagem – extremo e sem compromisso. Ele exige estar no controle. E prefere mulheres que queiram as coisas desse jeito. Inclusive as que ele dividiu com seu melhor amigo, Jace. Mas Jace está envolvido com uma mulher que não pretende dividir. E até mesmo Gabe está em um relacionamento no qual tem tudo de que precisa, deixando Ash com uma sensação de cansaço e vazio. É então que Ash conhece Josie, uma mulher que aparenta ser imune aos seus encantos e à sua riqueza. Intrigado, ele dá início a uma perseguição implacável, eterminado a não deixar que ela seja a primeira a escapar. Ele jamais poderia imaginar que a primeira mulher a lhe dizer “não” seria também a única a levá--lo aos limites do desejo.



Existe uma expressão em inglês chamada Pet Peev, ( eu desconheço uma palavra similar em português, mas acho que que seja algo como “birra”.)Pet Peev é aquele- ou aqueles- pequeno (ou não tão pequeno) detalhe que nos irrita em um filme, livro, peça de teatro e até numa música; é o excesso do clichê, um tema (particularmente) desagradável, erro de gramática... o terreno é vasto. É algo pessoal, o que pode incomodar uns, pode passar batido por outros. Dependendo do grau do “Pet Peev”, a leitura pode até ser arruinada por causa dele.

Mas por que estou falando disso?

Porque Fogo apresenta vários Pet Peeves meus e, mesmo assim, eu gostei muito do livro. Muito mesmo. Vá entender.

Nem vou me estender sobre a questão do BDSM e da submissão. Quem leu minhas resenhas anteriores, sabe que eu não curto a modalidade. Sério. Toda vez que eu lia sobre submissão a minha feminista-interior entrava em polvorosa, rs, mas este é um livro adulto, com personagens adultos, voltado para o publico adulto- e tudo feito de forma consensual. Então, cada qual com seu cada qual.

Ah, que importa! Vamos falar do Ash! Ele é o amigo que sobrou, que ainda não havia sido atingido pela flecha do cupido- isso até ele encontrar Josie, uma artista plástica, e fica completamente alucinado por ela. As palavras “encontrar”e “alucinado” não foram escolhidas por acaso, pois é isso mesmo que acontece. Já vi muito romance vapt-vupt mas este deve merecer algum prêmio. É tudo tão rápido e tão intenso que, a gente pisca, e os dois já estão morando juntos e ele já está escolhendo a “coleira” dela (é, pois é). Confesso que isso tira um pouco da credibilidade do romance; até mesmo a fantasia tem que ter um pé na realidade.

Em termos de trama, a história de Delírio é melhor, mais interessante e, principalmente, mais bem delineada. Fogo, a meu ver, sofre o mal da repetição. A história segue os meus passos dos livros anteriores, quase como coordenadas pré-determinadas e isso me incomodou. A cena da saída das meninas está toda lá, linha por linha. Elas se divertindo, ficando bêbadas, os sapatos “arrasadores” e, claro, o maravilhoso sexo pós-bebedeira. É bem divertido, não há como negar mas deixa uma sensação de dejá-vu.

Aí vocês podem estar pensando, credo, que droga!, mas eis que vem o detalhe que fez toda a diferença: Ash. O livro é dele. Ash é um um macho-alfa sem tirar nem pôr, porém, em nenhum momento ele é um ogro asqueroso. Claro ele tem o seu momento de “traição”(atenção para as aspas!) e a mocinha, Josie ficará bem magoada, mas nada muito importante de verdade. Ele é um amor. Super possessivo, como era de se esperar, e simplesmente irresistível. Nos livros anteriores eu tive a impressão de quê Ash era o brincalhão do trio. Ledo engano, ou talvez tenha sido o momento em que ele tenha sido retratado. Ash é duro na queda. Justo, mas nenhum santo, ou oferecedor da segunda face.

A relação dele com Josie, apesar de sofrer do mal do “amor instantâneo”,  é ótima de acompanhar e as cenas de sexo são maravilhosas. Extremamente hot e sexy, além de bem escritas. É erotismo no grau máximo, mas Maya Banks em nenhum momento apela para a vulgaridade. O que eu mais gostei é que o sexo é feliz; algo que senti falta nos livros anteriores, onde o ato parecia sempre estar envolto em angústia e sofrimento. Aqui, não. Claro, existe a questão do BDSM e tudo mais, porém é algo mais solto e me pareceu muito mais prazeroso. O livro me ganhou aqui.

Engraçado como as coisas são, eu iniciei essa resenha falando sobre Pet Peeves e Fogo possui, não posso negar, alguns dos meus, porém como vocês podem ter notado pela nota que eu dei ao livro que as tais “birras” não causaram muito efeito em mim. Obviamente, elas não passaram batido, mas, o fato é que eu me encantei com a leitura. Eu me envolvi totalmente com o charme possessivo de Ash.

E, mais importante de tudo: eu me diverti.

Vou sentir saudades desse trio.


Recomendo!


Título Original: Burn
Autor: Maya Banks
Editora: Quinta Essência
Gênero: Erótica
Série: Breathless
Sub-Gênero/Assunto: Romance Contemporâneo, HOT, Milionários, BDSM
Período: Atual. Nova Iorque, EUA.

A Série

Livro 1- Obsessão (Rush) [RESENHA]
Livro 2- Delírio[RESENHA]
Livro 3- Fogo


Outras Capas:




4/5


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